PERDIDA da Divina de Jesus Scarpim

Código: 7HH8Y8YES
R$ 35,00
até 8x de R$ 5,30
Comprar Estoque: Disponível
    • 1x de R$ 35,00 sem juros
    • 2x de R$ 18,83
    • 3x de R$ 12,83
    • 4x de R$ 9,80
    • 5x de R$ 7,99
    • 6x de R$ 6,79
    • 7x de R$ 5,94
    • 8x de R$ 5,30
  • R$ 35,00 Pix
  • R$ 35,00 Boleto Bancário
* Este prazo de entrega está considerando a disponibilidade do produto + prazo de entrega.

Cuidado, aqui você vai ler toda a hipocrisia de uma sociedade normal, mas que detona a mulher independente, séria e trabalhadora.
"Perdida", escrita pela Divina de Jesus Scarpim, é um livro provocativo, ácido e vai nas entranhas desta sociedade preconceituosa que não aceita mulheres vencedoras.

Pequeno trecho

“Sabe de uma coisa? Você se acha maravilhosa,
linda, simpática e super divertida, mas não passa de
uma assanhada metida a besta. Será que não tem
espelho em casa? Você não percebe que esse excesso
de riso parece retardamento mental? Não vê que esse
rebolado não é sensual? É indecente e ridículo! Não
vê que nem mesmo bonita você é? E se acha muito
inteligente quando o mínimo que se pode dizer é que se
fosse inteligente olharia pra si mesma e assumiria uma
postura mais adequada.
As pessoas olham quando você passa na rua,
olham sua bunda sacolejante, seu cabelo comprido que
o rebolado joga pra lá e pra cá; olham sim! e às vezes
fazem comentários irônicos, mas você é tão burra que
toma tudo isso como elogio e continua andando, rebola
ainda mais pensando que seu rebolado é o máximo da
sensualidade. Não se dá conta de que estão te tratando
como a mulherzinha medíocre e vulgar que você é, não
vê que seu comportamento ofende e irrita as pessoas
que têm um pouco de decência e bom senso.
Além disso você fala demais. Credo, como você
fala! Ninguém tem tanto a dizer assim. Se tem que falar
tanto é porque, logicamente, não tem nada a dizer que
valha a pena ser ouvido. E você trabalha em casa? Lava
uma louça pelo menos? Dá uma ajuda pra sua mãe?
Faz algo de útil? Algo que não seja andar chacoalhando
o traseiro pelas ruas? Não! Você é totalmente inútil.
Estão dizendo que ano passado você fez um
aborto, e que nem foi o primeiro. Deve ser verdade,
só pode ser verdade! Como pode ser invenção se tudo
faz sentido? Você passou uma semana fora depois de
andar se esfregando naquele loiro magricelo que mora
na esquina da rua de baixo. Esse loiro é bonitão e não
muito novo, não é um moleque que se deixa levar pela
conversa de mulheres indecentes como você; com
certeza é do tipo que vai direto ao assunto! É claro que
o loiro não perdeu tempo, você se oferecendo toda com
aquele sorriso constante, aquela tagarelice sem noção,
aquele shortinho curto e aquele rebolado indecente; o
que ele pode ter feito? É claro que aproveitou! Usou
o quanto quis. Ah, usou mesmo! Como reflexo desse
uso dá pra notar que ficaram visivelmente menos
arrebitados os teus peitos quase à mostra.
Você não tem nem mesmo a decência de usar
um sutiã! E tem algumas blusas quase transparentes,
como aquela amarela que usa sempre; e suas blusas
são tão curtas que o seu umbigo é mais conhecido no
bairro do que a sua cara. Você não passa de uma puta
vagabunda!
Não, decididamente não deve ser mentira que
você fez pelo menos dois abortos até agora. Você não
é mais virgem faz muito tempo! E já é experiente até
em fazer aborto. Aos quinze anos! É muita imoralidade.
Será que seu pai não sabe? Sua mãe não desconfia?
Como pode alguém ter pais tão cegos? E pensar que
seu pai é um bom homem, honesto, trabalhador,
simpático e educado. E sua mãe? Uma santa senhora
que vive dentro de casa cuidando da própria vida.
Lavando e limpando, deixando a filha perdida livre pra
se esfregar pelos cantos com todo macho que quiser
se aproveitar um pouco desse corpo tão exposto e
oferecido. Onde será que você faz aborto? Não sente
doer a consciência?
Assassina!
Ultimamente passou a andar com aquele
outro vizinho; e com esse, porque mora mais perto, a indecência é maior ainda. Vive na casa dele, quase
todo dia te vejo indo pra lá, e você demora horas! Logo
logo vai passar uns dias fora de novo, no mínimo. Dizem
que você falou pra Dona Paula que passou a semana
na casa da sua avó; acha mesmo que alguém acredita
nisso? Como pode ser tão baixa a ponto de nem sentir
a consciência pesar depois de um ato tão abominável?
É o contrário pelo jeito; você continua na mesma
vida, se preparando pra cometer outro crime terrível. E
faz tudo isso sorrindo como se fosse muito engraçado.
Quanto vale uma vida pra você? Vale menos do que um
de seus rebolados indecentes.
Não é verdade, sua puta?”
É mais ou menos isso que a vizinhança pensa
de uma menina tagarela e sorridente que tem amizade
com alguns meninos, namorou dois rapazes do bairro
e passou uma semana na casa da avó; pra onde foi
sozinha, de trem e ônibus, porque gosta muito dela e
estava com saudades. A menina rebola quando fica
nervosa e sofre muito com isso. Ela é virgem; mas não
vê nenhuma razão pra publicar isso no jornal do bairro;
que, aliás, não tem jornal.

 

R$ 35,00
até 8x de R$ 5,30
Comprar Estoque: Disponível
Sobre a loja

Editora e livraria de livros e publicações em geral. Impressos Ebooks Assessoria editorial e impressa para jornais e revistas

Social
Pague com
  • Pagali
  • Pix
Selos
  • Site Seguro

carlosalbertotorresdemattos09913070899 - CNPJ: 33.036.688/0001-19 © Todos os direitos reservados. 2024